O cristiniasmo, o espiritismo e o valor da vida desde a concepção 176e2
Um dia desses, ouvi uma mensagem espírita – tenho especial gosto pela doutrina – cujo título era “Se eu não tivesse nascido”, na qual o personagem se refletia àquelas possibilidades desperdiçadas e seus respectivos pranteios ou choramingos.
Magnifica, aquela mensagem me provocou esta reflexão, com outro personagem, também sobre fato verídico, agora na perspectiva da supremacia da vida desde o embrião – aquele ser humano absolutamente indefeso em fase de desenvolvimento, renovando a maravilhosa arte da vida, ali ainda em suas oito semanas de vida.
Aos 40 anos, o pai de família recebeu, incrédulo, a notícia da mãe. “Meu filho, vou lhe confessar algo que me atormenta por todo esse tempo: por três vezes, logo no início da gravidez, tomei abortivos (medicamento usado para interromper gravidez). Eu estava desesperada, mas logo me arrependi daquele ato insano! Te peço perdão, meu filho tão amado!”.
Abro um parêntesis: A Bíblia Sagrada não utiliza diretamente a palavra aborto, porém, nela são encontradas diversas referências em defesa da vida, desde a concepção. Isso pode ser visto em Gênesis 9:
– “Todo aquele que derramar o sangue humano terá seu próprio sangue derramado pelo homem, porque Deus fez o homem à sua imagem”; também no Salmos 139:
– “Tu modelaste as entranhas do meu ser e formaste-me no seio da minha mãe” e, ainda, em Jeremias 1,15:
– “Antes que no seio fosses formado, eu já te conhecia; antes de teu nascimento, eu já te havia consagrado…”.
A mensagem é clara: o embrião que viceja nas entranhas da mãe é um ser humano em desenvolvimento, concebido à imagem e semelhança de Deus.
Para a Igreja Católica, segundo o Cân. 1398 do Código de Direito Canônico, “Quem provoca aborto, seguindo-se o efeito, incorre em excomunhão latae sententiae”, também conhecida como excomunhão automática.
Para a doutrina Espírita – Allan Kardec trata disso no Livro dos Espíritos – o aborto em qualquer fase da gravidez é uma gravíssima violação às leis divinas, pois impede que o Espírito já vinculado ao embrião renasça no corpo físico do qual necessita para evoluir espiritual.
A doutrina Espírita também ensina que, quando nasce um bebê, às vezes se trata de um Espírito que, na vida ada, teve graves problemas (assassinato, aborto espontâneo, suicídio induzido ou espontâneo) com estes que agora serão seus pais ou irmãos, sendo que o retorno do Espírito à matéria corporal no seio da nova família é uma forma de expiação ou reconciliação relativamente à vida ada e, anda, nova oportunidade ao progresso espiritual. Fecho o parêntesis.
Ao filho, a revelação sobre as tentativas de aborto provocou um turbilhão de pensamentos angustiantes.
Ele se indagava: e se eu tivesse sido abordado">
Palavras-chave