Humorista Sandro Almeida celebra 35 anos com show e o Zé do Açaí em Belém neste domingo (25)
Artista mostra ao público um leque de personagens próprios, “causos engraçados” e imitações de personalidades e políticos, tudo em alto astral
Em geral, o brasileiro — incluindo, logicamente, os paraenses — não dispensa uma boa piada, seja ela, por exemplo, um “causo engraçado” ou a imitação bem-feita de alguma personalidade ou político. Quem se enquadra nesse perfil já está previamente convidado para o show “Filhinho da Mamãe”, comemorativo pelos 35 anos de carreira do humorista paraense Sandro Almeida, de 51 anos. O espetáculo, com Sandro e mais quatro convidados no palco do Teatro Margarida Schivasappa, no Centur, será neste domingo (25), às 19h30, com ingressos a R$ 50,00 (inteira).
Neste show, Sandro Almeida reencontra fisicamente o público após um hiato nos palcos. Por isso, a apresentação é aguardada com expectativa tanto pelos fãs quanto pelo próprio artista, que iniciou sua trajetória artística como animador de festas infantis e, depois, ou a protagonizar personagens que se tornaram conhecidos nacionalmente.
“Completar 35 anos de carreira é um desafio, principalmente para quem é do Pará, do Norte do Brasil, porque, em geral, se dá mais atenção a outras regiões. Mas, quando surgiu o stand-up, aí começou a vir a galera de Macapá (AP), de Manaus (AM), de Belém (PA)”, destaca Sandro. Ele considera o humor dividido em seis tipos: o contador de piadas, estilo do inesquecível Costinha; o estilo trapalhão, como Renato Aragão e Ronald Golias; o humor circense, com palhaços e atrações do circo em geral; o humor caricato, em que a pessoa se caracteriza para fazer a apresentação; o stand-up (um só humorista em ação), atualmente em evidência; e o humor de imitações.
Sandro eia pelo stand-up, imitações e humor caricato. Ele conta que nasceu em Belém, é “santacasense” — ou seja, nasceu no Hospital da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará. O humorista considera fundamental para o sucesso na carreira o incentivo de amigos, como o saudoso Lúcio Mauro, que dirigiu Sandro no primeiro show, “Quem ri por último é porque demora a entender a piada”; os amigos Ari Maia e o coronel Osmar Costa Júnior; e a amiga Inivalda Marques. Outro fator importante para a boa acolhida do público é o jeito paraense de criar ou captar situações engraçadas no dia a dia.
Assim, Sandro foi um dos pioneiros a fazer shows de humor em bares de Belém, como na avenida Braz de Aguiar. Ele deu o seu tom ao personagem “Seu Boneco”, da Escolinha do Professor Raimundo, do saudoso Chico Anysio, e trabalhou em emissoras de TV na capital paraense. Gradativamente, foi conhecendo humoristas como Tom Cavalcante, Lúcio Mauro e outros, que percebiam seu potencial. Mas faltava a Sandro encarnar um personagem. Foi então que surgiu a Zizi, “uma bichinha pobre que se casou com um bofe mais pobre que ela, e os dois vivem em um quartinho no Bengola”.
Atualmente, nas redes sociais, o destaque de Sandro Almeida é o personagem Zé do Açaí — o humorista tem 20 personagens próprios. Zé do Açaí vende esse produto e retrata ao público o cotidiano das periferias de Belém.
'Filhinho da Mamãe'
O show “Filhinho da Mamãe” conta com a participação especial dos humoristas David Monteiro, Lucas Gomes e Kátia Menezes, além do DJ Matrix. No espetáculo, Sandro vai contar um pouco da carreira, apresentar personagens que criou e mostrar o quadro “Cassino Celestial”, onde só entra quem já morreu.
O título do show surgiu da “Turma do Pão com Ovo”, grupo de humoristas que atua junto com Sandro, no qual o Zé do Açaí mantém uma relação animada e carinhosa com a mãe, que o chama docemente de “filhinho da mamãe”.
Outra atração do show são as imitações de personalidades e políticos, como Edmilson Rodrigues, Helder Barbalho, Jader Barbalho, Wladimir Cunha, Lula, Bolsonaro, Ciro Gomes, o pastor Silas Malafaia, além dos cantores Leonardo, Maria Bethânia, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tim Maia, Luiz Gonzaga, Reginaldo Rossi e dos apresentadores Faustão, Raul Gil e Silvio Santos.
“O fato de o brasileiro gostar tanto de humor é porque isso está na veia. O Brasil, penso eu, é o país mais fácil para se fazer humor, porque é muita bronca, é muita coisa engraçada. O que acontece no Brasil não acontece em nenhum lugar do mundo. Então, todo dia você tem um motivo para fazer humor”, finaliza Sandro Almeida, antes de compartilhar momentos divertidos com a plateia no Margarida Schivasappa, neste domingo (25).
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