No Pará, advogada é condenada a 34 anos de reclusão por envolvimento com PCC
Ela chegou a utilizar o codinome "justiceira" dentro da organização criminosa
Uma advogada foi condenada pela Vara de Combate ao Crime Organizado do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA) a pena de 34 anos de reclusão pelo envolvimento com a organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). A decisão judicial aconteceu na última sexta-feira, 06.
De acordo com o processo, a advogada integrou o grupo criminoso entre 2019 e 2023. Ela exercia a função de "elo de comunicação" entre os membros da facção e utilizava o codinome “Justiceira”. Por seus serviços prestados ao grupo, ela recebia mensalmente valores provenientes de atividades ilícitas, que somaram mais de R$ 100 mil no período.
A sentença destaca que advogados costumam atuar no núcleo jurídico da facção, por meio da chamada "Sintonia dos Gravatas”. Eles contribuem para a manutenção da estrutura criminosa, oferecendo e estratégico, comunicação interna e segurança aos integrantes da organização.
Segundo a denúncia do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), a ré foi enquadrada nos artigos 2º, §§ 2º e 3º, da Lei nº 12.850/2013 (organização criminosa), artigo 35 da Lei nº 11.343/2006 (associação para o tráfico), e artigo 180 do Código Penal (receptação), todos combinados com o artigo 69 do Código Penal, que trata do concurso de crimes.
Em operação, foram apreendidos materiais que comprovaram o crime da condenada, como uma agenda com manuscritos de conteúdo criminoso, planilhas de controle de pagamentos e extratos bancários com depósitos realizados pela facção. Também foram identificadas mensagens trocadas entre a ré e outros membros do PCC, nas quais ela recebia orientações e reava informações sobre atividades do grupo criminoso.
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