PF apura conexão entre semissubmersível no Marajó e paraenses presos com drogas em Portugal
As investigações sobre o tráfico internacional de drogas iniciaram após a localização de embarcações semissubmersíveis na região amazônica

O caso dos três paraenses que foram presos no Oceano Atlântico, entre os cinco tripulantes de um submarino que transportava cocaína à Europa, é investigado durante a operação que encontrou um outro semissubmersível na cidade de Chaves, no Marajó. Durante a coletiva de imprensa da Marinha do Brasil, Força Aérea Brasileira e Polícia Federal, nesta sexta-feira (6), a PF informou que os casos de embarcações semelhantes encontradas na região continuam sendo apurados.
“Entendemos que a embarcação (encontrada no Marajó) poderia ser utilizada para esse transporte de drogas em razão das características dela. Ela também possui características muito parecidas com a embarcação que foi apreendida no ano ado, que estava naufragada (em Bragança). E com a embarcação que foi apreendida no início do ano na pela polícia portuguesa, no Marco de Ferro Português”, esclareceu o delegado regional de Polícia Judiciária da PF no Pará, Fernando Casarin.
Segundo o delegado, os agentes da PF obtiveram mais informações sobre as investigações dos paraenses que atualmente estão presos em Portugal, sob suspeita de tráfico internacional de drogas.
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“Para a gente conseguir informações com outros países, seja com Portugal ou qualquer outro país do mundo, precisamos fazer uma cooperação internacional. Existe a informação que três dos homens seriam do Pará, mas nós ainda estamos confirmando com a polícia portuguesa”, comentou.
Tráfico internacional de drogas
O caso dos paraenses presos em Portugal ao serem flagrados na embarcação submarina com 7 toneladas de cocaína, gerou grande repercussão nacional. O veículo aquático de 18 metros de comprimento, com os entorpecentes, foi apreendido em março deste ano, a cerca de 500 milhas náuticas ao sul do arquipélago dos Açores, no Oceano Atlântico. Além dos tripulantes paraenses, sendo dois da cidade de Abaetetuba e um de Igarapé-Miri, também estavam no submarino um colombiano e um espanhol.
A operação contou com a participação de polícias e agências de combate ao tráfico na Europa e nos Estados Unidos. As investigações indicam que o submarino partiu do Brasil, saindo de Macapá, e a carga tinha como destino final diversos países europeus.
Semissubmersível
A Polícia Federal (PF) apreendeu, no dia 31 de maio, uma embarcação semissubmersível na cidade de Chaves, na Ilha de Marajó, no Pará. O veículo seria utilizado para transportar cocaína à Europa. A apreensão foi resultado de uma investigação iniciada após a interceptação de cinco homens em águas portuguesas, no início do ano, que utilizavam uma embarcação semelhante para o transporte de drogas.
Segundo divulgado pela Força Aérea Brasileira (FAB), no dia 2 de junho, o trabalho de investigação contou com a utilização de tecnologias de Inteligência Artificial, imagens de satélite de alta resolução e aeronaves da FAB equipadas com sensores especiais, que permitiram mapear movimentações fluviais atípicas na Amazônia.
De acordo com a Força Aérea, as aeronaves R-99 identificaram estruturas navais camufladas entre galpões ribeirinhos, durante a missão de reconhecimento aeroespacial, além de padrões logísticos atípicos ao longo de rotas estratégicas nos rios da região. As imagens de sensores, obtidas por plataformas aeroembarcadas e espaciais, subsidiaram a mobilização das Forças de Segurança para a execução da operação.
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